Nosso próprio mistério interior

PARTE II 

Difícil decidir

rezar para ficar
e ao mesmo tempo partir.
A vela cheia com turvos ventos
deixa nebulosa a vista da praia.

Guardei momentos, lembranças 

e história que vivemos
num baú pulsante, que chora e geme.

As noites que não percebo

chegam furtivas a roubar o medo.
O anseio das nossas jornadas
deixam a vista um tanto embaraçada.

Essa noite o vento parou de soprar 

sobre minhas velas
deparei-me com um lugar novo
do qual nunca imaginara.

Lugar, esse, que deixei para trás.


Lancei-me ao navio outra vez,

voltando a navegar. 
Talvez as amarras se soltem
e eu tenha coragem da próxima vez
ou talvez o barco afunde 
e seja engolido pelo furioso mar.

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