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Um Exemplo Inexistente

Um eu ilustre Um comprimido numa noite. Dois noutra. Dormindo sem querer acordar. Buscando um alívio. Que possa me tirar, dessa solidão. Observando o vento. Desatento. Cansado, de ansiar por uma gota de liberdade. Conquistar , obter. São sonhos de um adolescente, invejado das glórias que o mundo lhe trás. Atrás, de uma janela, e um quarto abafado. Cujo caso. Desmoronou. E apenas sobrou,  descaso,  atraso. Nos acordes desesperados. Pedir socorro, e ninguém ouvir. Como o vento, esteve ali e nunca foi visto.

Norteio o elo neste pequeno poema

Não compreendo o porquê deste talvez que, em frente às desventuras, se escondem  no absoluto escuro do teu quarto. Querer-te é ir de encontro aos teus medos, pesadelos e piores momentos que vier a passar. Quero teu sorriso no meu olhar, teu beijo sob o luar, quero teu corpo na minha cama e teu pensamento no meu caminhar.

Fotos pela casa

Fotografar o silêncio é tão difícil Fotografar o medo é tão difícil Fotografar a insegurança é tão difícil O espelho já não nos surpreende e tudo o que vimos não são mais nossos reflexos, mas ilusão, rendição, redenção.  Nas sombras da noite,  escondemos nossos fantasmas. Entre quatro paredes a janela é o Sol, a Lua é tristeza e já não estamos mais no rol das estrelas. Esperar, agora, parece inoportuno retalhando, a noite, em furos, transformando horas em minutos. O chão do banheiro  parece mais convidativo, mais atrativo, que a cama e o teu corpo inteiro. E essas fotos pela casa deixam visíveis as marcas que o tempo deixou. Largou de jeito e deu um jeito, uma saída para dar fim à ferida, mas há coisas que o corpo  quer esquecer,  mas a mente não deixa.  Os fantasmas ficam à espreita, sempre.

Relógio derretido

Me escondo numa caixa diária, esperando que algum dia eu consiga sair e fugir... ... pra longe. Talvez viajar e fazer, quem sabe, eu me esquecer, de tudo isso, mas nada do que me trouxe. Ou do que me levou. A poeira cobre os livros aqueles dados, comprados e até pedidos. Perdidos no cemitério sombrio da mente, que desmente. Tenta enganar, nos fazer esperar. Cansei de esperar.

11.03

Nada aqui está no lugar. Reescrevo a nossa história, tentando, assim, te trazer de volta. Gracejo, ouvir tua voz na escuridão, sentir teu perfume na multidão. O tempo não pára para que possamos nos rever, tento reter, reler a carta, cheia de sentimento no desalento da madrugada. Feliz aniversário ! Ordinário. Dia. Trazer-te de volta. Continuo sonhando.

Nosso próprio mistério interior

PARTE II   Difícil decidir rezar para ficar e ao mesmo tempo partir. A vela cheia com turvos ventos deixa nebulosa a vista da praia. Guardei momentos, lembranças  e história que vivemos num baú pulsante, que chora e geme. As noites que não percebo chegam furtivas a roubar o medo. O anseio das nossas jornadas deixam a vista um tanto embaraçada. Essa noite o vento parou de soprar  sobre minhas velas deparei-me com um lugar novo do qual nunca imaginara. Lugar, esse, que deixei para trás. Lancei-me ao navio outra vez, voltando a navegar.  Talvez as amarras se soltem e eu tenha coragem da próxima vez ou talvez o barco afunde  e seja engolido pelo furioso mar.

Guerras romantizadas

Ainda não consegui dormir, hoje, no hotel a camareira trouxe minha comida nem ao menos sei se essa era a função dela Estava pensando, cortando imaginações, fixando a impossibilidade. A minha morte não fatídica fez com que você estivesse com mais frequência no meu pensamento. Acéfalo por criar imagens fazer colorida toda a parede, pois sei que não, a armadura que tange na guerra travada, me diz que não, escolher por me possuir é questão de vida ou morte.

Tragam o banco!

Não me imagino a questão não é concreta, a construção é baseada na vitalidade na não obscenidade do mesmo. Me sinto de forma estranha, sabe ? Como se a estrutura tivesse sido perdida por um abalo. À pedido do construtor nossa irreverência é designada aos mais idosos. Hoje, o mundo pára o sol não nasce, a noite fica estagnada, a lua finca uma âncora no céu, hoje ela não desce. Nesta noite vamos fugir. O que quer fazer quando começar a chover ?