Um Exemplo Inexistente

Um eu ilustre


Um comprimido numa noite.
Dois noutra.
Dormindo sem querer acordar.
Buscando um alívio.
Que possa me tirar,
dessa solidão.
Observando o vento.
Desatento.
Cansado,
de ansiar por uma gota de liberdade.
Conquistar , obter.
São sonhos de um adolescente,
invejado das glórias que o mundo lhe trás.
Atrás,
de uma janela, e um quarto abafado.
Cujo caso.
Desmoronou.
E apenas sobrou, 
descaso, 
atraso.
Nos acordes desesperados.
Pedir socorro,
e ninguém ouvir.
Como o vento,
esteve ali e nunca foi visto.

Comentários

  1. Alice, você demonstra sentimentalismo e ao mesmo tempo, desespero, solidão e audácia. Sem dúvidas você é uma ótima escritora. Parabéns

    ResponderExcluir
  2. Incrível arte com as palavras !
    É muito mais que só um texo ou um poema, pode ser a angústia ou o estado depressivo em que um adolescente se encontra !
    Excelente observadora da mente ! Parabéns!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

11.03

Relógio derretido